A janela partidária de 30 dias, prazo para parlamentares trocarem de partido sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade, fez com que um em cada seis congressistas mudasse de legenda, entre 8 de março e 7 de abril. Levantamento concluído pelo Congresso em Focorevela que ao menos 88 deputados e 4 senadores ingressaram em nova sigla para disputar as eleições. Entre todos, o partido do presidente Michel Temer foi o maior perdedor: o MDB registrou uma em cada cinco saídas partidárias.
Dos 92 congressistas que trocaram de filiação, 19 deixaram a bancada emedebista na Câmara e no Senado. A movimentação dos parlamentares foi gerada pela busca de condições mais vantajosas para disputar as eleições, como o controle da estrutura partidária no estado, a liberdade para fazer alianças ou a promessa de dinheiro e tempo. O partido que mais saiu reforçado foi o DEM, que ganhou 13 nomes novos e registrou apenas duas saídas na Câmara e soma 47 nomes no Congresso.
As saídas
Foi do PSB a segunda maior debandada da Câmara. Apesar de não ter perdido nenhum dos quatro senadores, foram 13 deputados deixando o partido durante a janela. O estrago foi mitigado com as cinco novas filiações na Casa, que deixou o saldo em oito perdas.
Para o MDB, o prejuízo só não foi pior graças à grande bancada do MDB no Senado. Na Câmara foram 16 saídas e 7 filiações, enquanto no Senado foram três saídas e nenhuma chegada.
SÃO PAULO
Dez deputados federais eleitos por São Paulo mudaram de Partido. São eles: Arnando Faria de Sá – saiu do PTB e entrou no PP;
Beto Mansur saiu do PRB e foi para o MDB;
Edualdo Bolsonaro deixou o PSC e entrou no PSL;
Flavinho saiu do PSB e agora está no PSC;
Herculano Passos saiu do PSD e foi para o MDB;
Jefferson Campos saiu do PSD e entrou no PSB;
Junji Abe saiu do PSD e agora está no MDB;
Major Olimpoio deixou o SD e agora está no PSL;
Pastor Marco Feliciano saiu do PSC e foi para o PODE;
Roberto de Lucena saiu do PV e se filiou no PODE.