Os últimos caminhões sairão da linha de montagem. A produção de carros terminou em junho. Os aproximadamente 650 funcionários que ainda permanecem serão dispensados a partir de quinta-feira, na base de 100 por dia. Parte do pessoal administrativo continuará trabalhando no local, até março, quando haverá transferência para o bairro paulistano da Vila Olímpia.
Na despedida, que reuniu trabalhadores na ativa, aposentados e outros que deixaram a empresa nos últimos meses, muito choro, abraços e uma dose de incerteza. Existe a expectativa de que a Caoa compre a área e mantenha a fábrica funcionando. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, as bases do acordo estão traçadas, inclusive do ponto de vista salarial. Estaria faltando apenas a aprovação de uma linha de financiamento por parte do BNDES.
A Ford anunciou o fechamento da fábrica em fevereiro. Representantes dos trabalhadores foram aos Estados Unidos conversar com a direção mundial da empresa, sem sucesso.