Voltam para Cuba os primeiros 196 médicos que atuavam no Brasil


Cento e noventa e seis médicos cubanos retornaram nesta 5ª feira (15) ao país de origem após 3 anos de trabalho no Brasil. É o 1º grupo de profissionais a  desembarcar na ilha desde decisão de Cuba de sair do programa Mais Médicos. A medida é uma retaliação às críticas do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao programa.

Bolsonaro havia questionado a capacidade dos cubanos que integram o Mais Médicos e disse que condicionaria a permanência dos estrangeiros à revalidação do diploma por meio de prova, o Revalida.

A médica Marianela Leyva Rodriguez, por exemplo, diz concordar com as medidas adotadas pelo governo cubano, mas afirmou estar preocupada com a comunidade humilde que atendia no interior da Bahia há 3 anos.

O que é o Mais Médicos

O Mais Médicos foi lançado em 2013, no governo de Dilma Rousseff, com o objetivo de reduzir o deficit de profissionais de saúde, especialmente no interior do país e nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).

O programa engloba médicos de vários países, mas Cuba é quem tem o maior número de profissionais. A contratação dos médicos cubanos é feita por meio de convênio com o governo brasileiro. O pagamento é feito pelo Brasil ao governo cubano, que é responsável por pagar os profissionais.

De acordo com o Ministério da Saúde, há8.332 cubanos trabalhando no programa. Os Estados do Nordeste concentram 2.817 (33,8%). A região Sudeste vem logo atrás, com 2.420 profissionais (29%).