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Médicos Cubanos já não atendem mais em São João

Foto dos cubanos na primeira reunião com o Prefeito Vanderlei em 2014 e em atendimento nas Unidades de Saúde

 

 

 

6 profissionais deixaram os consultórios nesta quarta-feira

 

As cidades brasileiras começam a sentir as consequências da saída dos cubanos que atuavam no programa Mais Médicos. Filas e atrasos se tornaram comuns e, em alguns postos, não há médicos para realizar as consultas. Os problemas se alastram em pelo menos 12 estados. São Paulo, Itapecerica da Serra (SP), Matão (SP), Ponta Grossa (PR), Novo Hamburgo (RS), São Leopoldo (RS), Gravataí (RS), Cruzeiro do Sul (AC), Campinas (SP), São Miguel Arcanjo (SP) e Uberaba (MG) têm unidades de saúde sem médico. Em Goiás, segundo o G1, há “153 cidades com médicos contratados pelo Mais Médicos, sendo que em 94 há cubanos atendendo. Em 24,83% delas, ou seja, 38 municípios, há apenas profissionais do país caribenho no programa do governo federal, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde".

A saída do Mais Médicos foi anunciada no dia 14 de novembro pelo governo cubano, sem informar até quando os médicos atuariam no programa. A previsão da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) é de que todos voltem à Cuba até 12 de dezembro."

 Cuba tomou uma decisão "dolorosa, mas necessária" concluindo sua participação no programa Mais Médicos do Brasil, disse, em entrevista ao siteCubadebate, o ministro da Saúde Pública do país, José Angel Portal Miranda. "Nosso país não buscou a situação atual, mas agiu em defesa da dignidade profissional e humana de nossos colaboradores e de sua segurança", afirmou. “Durante meses viemos acompanhando os pronunciamentos ameaçadores e provocativos do presidente eleito, os que ratificou no dia seguinte à confirmação de sua eleição. Levamos tempo suficiente para confirmar que o presidente eleito estava disposto a afetar o atendimento de saúde de cerca de 30 milhões de brasileiros, tudo isso para realizar um jogo político do qual é impossível entender quanto beneficiará seu país. Não é que Cuba possa ter diferenças políticas ou ideológicas com um determinado governo. A prática das últimas décadas inclui inúmeros exemplos de como nosso país colocou a saúde de um povo acima da política”, disse também o Ministro Cubano.

Enquanto deputado, Jair Bolsonaro manteve uma postura agressiva contra o Mais Médicos e a participação de Cuba no programa desde a sua criação, em 2013. Uma vez eleito presidente, disse que iria modificar os termos e condições do programa. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde Pública de Cuba (MINSAP) decidiu encerrar sua participação no programa Más Médicos, no qual mais de 20 mil profissionais de saúde cubanos atenderam milhões de brasileiros em áreas pobres e geograficamente remotas.

EM SÃO JOÃO

O Prefeito Vanderlei Borges de Carvalho também aderiu ao Programa Mais Médicos, e o município recebeu 11 médicos, 7 deles cubanos. Ao chegarem à cidade os profissionais foram recebidos em audiência pública com a presença da imprensa na Prefeitura Municipal em abril de 2014, quando foi detalhado o trabalho que desempenhariam na saúde pública. Os médicos durante os últimos anos atenderam nas Unidades de Saúde.

Em São João havia 11 médicos pelo Programa Mais Médicos: 4 brasileiros e 7 cubanos. Um dos cubanos permanecerá na rede, pois trabalha por força de uma liminar judicial. Os outros seis profissionais cubanos deixaram de atender nas unidades nestaquarta-feira (21), por determinação do governo de Cuba.

Segundo o Departamento Municipal de Saúde nenhuma unidade de saúde ficará sem médico presente. Os médicos cubanos atendiam nas Unidades de Saúde do Jardim dos Ipês, DER, Jardim São Paulo, Maestro Mourão, Santo André e Vila Valentim.