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Dos 251 deputados reeleitos, apenas 13 abriram mão do auxílio-mudança
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- Publicado em Quinta, 28 Fevereiro 2019 13:43
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Imagem: Guilherme Mazieiro/UOL Guilherme Mazieiro Do UOL
Dos 251 deputados federais que já trabalhavam em Brasília e se reelegeram para um novo mandato, apenas 13 abriram mão do benefício de R$ 33,7 mil para mudança. O valor é pago independentemente de o parlamentar já residir ou não na capital federal. Na segunda-feira (25), a Câmara pagou R$ 16 milhões aos 477 deputados eleitos e reeleitos. A Casa se baseou em uma decisão judicial, proferida na semana passada, que determinou que o pagamento voltasse ser válido.
Se algum congressista optar por não receber o valor, deve comunicar formalmente à Mesa Diretora da Casa, antes do pagamento. Essa atitude foi tomada por apenas 30 parlamentares, dos quais 17 são novatos e 13 foram reeleitos. Outros seis parlamentares são suplentes ou deputados licenciados para exercer cargos no Executivo, segundo informou a Câmara. O auxílio-mudança é um benefício no valor do salário dos parlamentares que é pago ao final e ao início de cada legislatura. A verba é prevista em legislação e não há ilegalidade no recebimento da quantia. Inclusive, o dinheiro é depositado automaticamente nas contas dos parlamentares
A assessoria de imprensa da Câmara informou que os deputados que assumiram como suplentes só têm direito ao pagamento se ficaram na função por mais de 30 dias. Após receber o benefício, os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR) fizeram pedido para devolução da verba, segundo informou a Câmara.
EX-SENADORES NA CÂMARA
Ainda três dos quatro senadores eleitos para Câmara receberam auxílio-mudança: Aécio Neves (PSDB-MG), Lidice da Mata (PSB-BA) e José Medeiros (Pode-MT). A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu para não receber o auxílio. Entre os 16 deputados que viraram senadores, dois negaram o benefício quando deixaram a Câmara: Major Olimpio (PSL-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP
NÚMEROS DO AUXÍLIO-MUDANÇA
A Câmara pagou R$ 17 milhões em auxílio-mudança a 505 deputados ao final da legislatura de 2018 No início da legislatura de 2019, a Casa desembolsou R$ 16 milhões para custear o benefício a 477 deputados Entre dezembro e fevereiro, na troca de legislaturas, foram pagos R$ 33 milhões em auxílio-mudança.
OS QUE REJEITARAM
Os Deputados que abriram mão do Auxílio-Mudança em 2019 são: Adriana Ventura (Novo-SP); Alexis Fonteyne (Novo-SP); Amaro Neto (PRB-ES); Bilac Pinto (DEM-MG); Bohn Gass (PT-RS); Bia Kicis (PSL-DF); Caroline de Toni (PSL-SC); Darcísio Perondi (MDB-RS); Diego Garcia (Pode-PR); Fábio Trad (PSD-MS); Gilson Marques (Novo-SC); Gleisi Hoffmann (PT-PR); Gustavo Fruet (PDT-PR); Heitor Schuch (PSB-RS); Joice Hasselmann (PSL-SP); Kim Kataguiri (DEM-SP); Lincoln Portela (PR-MG); Major Vitor Hugo (PSL-GO); Marcel Van Hattem (Novo-RS); Marcio Alvino (PR-SP); Mauro Nazif (PSB-RO); Patrus Ananias (PT-MG); Paula Belmonte (PPS-DF); Paulo Ganime (Novo-RJ); Professor Israel Batista (PV-DF); Rose Modesto (PSDB-MS); Tereza Cristina (DEM-MS); Tiago Mitraud (Novo-MG); Vinícius Poit (Novo-SP); Weliton Prado (PROS-MG).