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Aeroporto Estadual de São Carlos recebe o primeiro vôo internacional

Foto: Genivaldo Sena e Divulgação

O Aeroporto Mário Pereira Lopes, em São Carlos, recebeu na manhã desta quinta-feira (21),  

às 8h00, uma aeronave da LATAM vinda do Equador, que realizou todo o desembaraço aduaneiro no próprio aeroporto. O fato, inédito na região, marca a internacionalização e o alfandegamento da pista do aeroporto de São Carlos. Administrada pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), a unidade de São Carlos é a primeira da rede a receber operações internacionais. O Departamento gere ao todo 20 aeroportos paulistas, e realiza estudos para definir o melhor modelo de desestatização dessas unidades.

O voo da manhã destaquinta(21) foi do Airbus A319, prefixo HC-CPZ, que foi direto ao Centro de Manutenção da LATAM (MRO). A ação, que vai se tornar o centro mais competitivo mundialmente, é importante para o desenvolvimento da região e do Estado, uma das prioridades do governo paulista.

No caso de São Carlos, após solicitação do DAESP, a Agência Nacional de Aviação Civil expediu a portaria 3.988, no dia01 de dezembrode 2017, e publicada no Diário Oficial da União no dia6 de dezembro, autorizando o aeródromo a operar "serviços aéreos privados destinados à entrada ou saída de aeronaves procedentes do exterior ou a ele destinados, para serem submetidas à prestação de serviços de manutenção e reparo".

Ao longo da etapa de internacionalização de São Carlos, o processo passou pela análise e aprovação de quatro órgãos federais, os quais instalarão operações específicas no aeroporto para alfandegamento das aeronaves: Ministério da Agricultura, por intermédio do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal.

A internacionalização eliminou a necessidade de nacionalização para voos "ferry" destinados ou originados em São Carlos, o que implicava na obrigatoriedade de mais um pouso em outro aeroporto internacional. Atualmente, a prestação de serviços de manutenção e reparos de aeronaves é a principal motivação para a operação de aeronaves de grande porte no aeroporto.

As operações internacionais aumentarão a competitividade do centro de manutenção brasileiro frente ao de outros países, já que os custos operacionais serão cerca de 9% menores, levando-se em conta diárias, gastos com combustíveis, pousos e decolagens. Com custos menores, a expectativa da LATAM é ampliar a prestação de serviços de manutenção pela conquista de novos contratos também junto a outras companhias aéreas estrangeiras.