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“Estrada para Crescer” faz estudo sobre Águas da Prata e publica “a cidade onde a natureza conduz a economia”


O estudo A Estrada para Crescer, parceria da agência Virtù com a organização suprapartidária CLP – Liderança Pública, com o apoio do Grupo CCR, revelou vocações econômicas e vulnerabilidades sociais, financeiras e fiscais de 10 cidades paulistas para assim propor caminhos para a retomada do crescimento em uma ação de conteúdo multiplataforma.

O estudo já fez uma radiografia do cenário social, econômico e fiscal de dez municípios paulistas, o último da vizinha Águas da Prata onde é ressaltado que o agronegócio, águas e turismo são as riquezas que brotam da terra.

Águas da Prata foi a décima e última cidade percorrida pela parceria Virtù e CLP. O estudo passou por Barueri, Osasco, Sorocaba, Tatuí, Avaré, Itapeva, Campinas e Louveira e Bragança Paulista. Os diagnósticos completos podem ser acompanhados no site do estudo

 

DESTAQUES DO ESTUDO SOBRE ÁGUAS DA PRATA

Com pouco mais de 8 mil habitantes, Águas da Prata, como em outras cidades paulistas, o município apresenta diversos pontos positivos e alguns desafios a vencer, diagnosticados pelo estudo “A Estrada para Crescer”. A regiãoé um lugar perfeito para aproveitar o turismo ecológico e os esportes radicais praticados na natureza. A cidade, conhecida como “A Rainha das Águas”, recebe turistas aos fins de semana

Na região é possível passar o dia contemplando a natureza e tirar proveito dela. Quem passa por Águas da Prata pode desfrutar de uma agradável visita às antigas fazendas de café e de criação de búfalos – onde se pode comprar laticínios – até se banhar na Cachoeira das Sete Quedas, praticar alpinismo na Pedra do Boi, contemplar a vista do Mirante do Cristo, voar de parapente no Pico do Gavião e beber as águas medicinais diretamente da fonte.  

É, de fato, um lugar onde a natureza cumpre um importante papel. O verde da cidade, a produção da agropecuária e os poderes das fontes naturais atraem turistas de todos cantos. Por isso, a preservação ambiental é levada a sério pelos pratenses. Em 2018, Águas da Prata ficou em 13ª no ranking do Programa Município VerdeAzul (2018), elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo. 

Os recursos que a natureza oferece são condutores da economia local. O setor agropecuário é uma fonte de riqueza para região, indicando que a produção no campo pode caminhar lado a lado com a preservação do meio ambiente. Atualmente, Águas da Prata é a sexta maior produtora de azeitona de São Paulo e 31ª do Brasil; a 49ª maior produtora de café do Estado e 370ª do país; e conta com mais de 10 mil cabeças de gado.  

Como o próprio nome do município sugere, a indústria de engarrafamento de água é outro setor que ajuda a movimentar a economia da cidade, que possui um PIB de 170 milhões de reais, composto em 81% pelo setor de serviços, 13% pelo industrial e 6% oriundos da agropecuária. Nas últimas duas décadas, Águas da Prata apresentou um crescimento de 4,8% ao ano. 

Mas não são apenas as atrações naturais que dão orgulho aos pratenses. A cidade também apresenta bons desempenhos na educação. Para mencionar alguns exemplos, 62% das crianças, de 0 a 5 anos, estão na escola, acima da média nacional do Ranking do CLP, que é de 50%. Se Águas da Prata for comparada ao Ranking do CLP, estaria na 45ª posição entre os 95 municípios paulistas e na 84ª posição entre os 405 brasileiros. Além disso, o município alcançou a nota 6,6 no IDEB dos anos iniciais do Ensino Fundamental, enquanto a média nacional foi de 5,9. Nesse indicador, a cidade ocuparia a 45ª colocação entre os municípios de SP, e a 80º colocação no Brasil.    

Desafios
Todas essas atividades econômicas são beneficiadas por uma boa malha viária, mas o estudo salienta que há “gargalos que precisam ser vencidos na infraestrutura viária. A rodovia também é responsável por um dos principais problemas enfrentados pelos pratenses. A estrada corta o centro urbano, onde estão localizados imóveis comerciais e residenciais. Caminhões e demais automóveis que passam pela rodovia, mas não se destinam à cidade, dividem espaço com o trânsito local, dificultando a mobilidade de moradores e turistas.   

Como forma de solucionar o problema, a concessionária CCR planeja investir 170 milhões de reais para construir um anel viário que deve contornar a cidade. Investimento que ainda deve gerar 4 mil empregos (o equivalente à metade da população pratense).”

Outro obstáculo que preocupa os habitantes da região é a baixa distribuição de renda. O PIB per capita, segundo o ranking CLP é de cerca de R$ 20 mil (2018), contra média nacional de R$ 23 mil. Neste quesito, a cidade ocupa a 88ª colocação em São Paulo e 288ª no Brasil.

Com a riqueza que brota da terra, Águas da Prata tem potencial para aumentar a produção agropecuária e industrial. Além de atrair ainda mais turistas para a região.