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Cultura

Preciosa análise retrata com sensibilidade as vidas de um pai e de uma filha


Tarcilio de Souza Barros

O PAI, de Florian Zeller, é considerado um fenômeno mundial. O espetáculo retrata com humor e sensibilidade a relação entre um pai e uma filha. Sua convivência familiar através do tempo. Tudo tratado de maneira poética, lúdica, romântica. O Pai é uma obra que transforma as angústias da vida em risos, e estes em lágrimas.

   O texto se aprofunda no universo de um homem saudável cuja memória vacila. Perde o sentido das necessidades, das incompreensões, não consegue distinguir o real da ficção, o verdadeiro do falso, um vazio mental, sem nenhuma possibilidade de evitar esse movimento inexorável em direção da alienação.

   André o personagem é um personagem instigante, complexo, divertido e comovente. O Pai nos leva a pensar no tema da longevidade.

   O elenco traz Fúlvio Stefanini no papel de André. Sua interpretação é notável por se identificar com o personagem. O ator comemora 60 anos de carreira vitoriosa nos palcos brasileiros, e nessa peça abiscoitou o Prêmio Shell 2017 de Melhor Ator. Demais atores em cena sustentam com brilho inusitado o texto. A direção do espetáculo é de Léo Stefanini dirigindo seu próprio pai justamente numa peça que trata da relação de um pai e um filho. Maravilhoso cenário de autoria de André Cortez, figurinos de Letícia Barbieri, Wagner Antonio na Iluminação sustentam a brilhante encenação.

 

SERVIÇO:

O PAI

Texto: Florian Zeller

Direção: Léo Stefanini

Onde: Teatro Renaissance (440 lugares)

Al. Santos, 2233

Quando:SextaeSáb. às 21,30 /Dom. às 18h.

Quanto:SextaeDom. R$80 /Sáb. R$100,00

Até:10 de junho

Avaliação: Excelente