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Bombardeios do regime sírio deixam ao menos 250 mortos desde domingo


Pelo menos 250 civis, entre eles dezenas de crianças, morreram desde domingo nos violentos bombardeios das forças do regime sírio contra o reduto rebelde de Guta Oriental, perto de Damasco, apesar dos pedidos da ONU para que se dê fim a “esse sofrimento sem sentido”.

O balanço da ofensiva, prévia a um ataque terrestre contra esta região próxima de Damasco, o último reduto no país dos opositores ao regime do presidente Bashar Al Assad, superou uma centena de civis mortos apenas nesta terça-feira, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A ONG informou que o hospital de Arbin foi bombardeado duas vezes pelos russos – no que seria o sétimo caso em dois dias. De acordo com o OSDH, essa é a primeira vez em três meses que a Rússia faz ataques a Guta Oriental, uma região até o ano passado chamada de “zona de distensão”. Um fotógrafo da AFP viu um caça-bombardeiro russo Sukhoi Su-34 sobrevoar Arbin.

A ONU informou que seis hospitais foram atacados nas últimas 48 horas em Guta Oriental, e que três ficaram desativados. “Estou chocado e entristecido pelas informações de ataques horríveis contra seis hospitais de Guta Oriental durante as últimas 48 horas”, disse Panos Moumtzis, coordenador regional do escritório de Assuntos Humanitários para a crise síria nas Nações Unidas. “Nenhuma palavra pode fazer justiça às crianças assassinadas, a suas mães, a seus pais e a seus entes queridos”, reagiu o UNICEF em comunicado publicado na terça-feira. Contudo, a oposição síria no exílio denunciou uma guerra de extermínio e o silêncio total ante os crimes do regime Assad na guerra, que começou há quase sete anos.

Estados Unidos e França manifestaram preocupação com a escalada da violência na Síria. Em Paris, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves le Drian, alertou que “a situação na Síria se degrada consideravelmente” e “se não houver nenhum elemento novo, nós caminhamos rumo a um cataclisma humanitário”.

O jornal sírio Al Watan, próximo ao regime de Assad, reportou na terça-feira que os ataques aéreos em Guta “são um prelúdio de uma operação [terrestre] de larga escala, que pode começar a qualquer momento”.