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Erupção de vulcão na Guatemala deixa mortos e obriga mais de 3 mil a saírem de casa
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- Publicado em Segunda, 04 Junho 2018 16:41
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Um dos vulcões mais ativos da América Central, o Vulcão de Fogo na Guatemala, entrou em erupção neste domingo (03/06) causando a morte de 25 pessoas e atingindo mais de 3.000 moradores do entorno que foram obrigados a evacuar a região.
Com 3.763 metros de altura, o vulcão fica entre os departamentos de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, que foram as regiões mais afetadas pela erupção, considerada a mais forte desde 1974.
Segundo o porta-voz da Coordenação Nacional para a Redução de Desastres (Conred), David de León, não foi possível contabilizar o número de pedidos de resgate, mas cerca de 3.100 pessoas foram evacuadas em vilarejos vizinhos.
A erupção liberou cinzas negras que atingiram 10 mil metros de altura e cobriram as casas dos municípios de San Pedro Yepocapa e Sangre de Cristo. As operações no aeroporto internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, foram encerradas. Esta é a segunda vez em 2018 que o Vulcão de Fogo entra em erupção.
Similar a Pompeia
Para o vulcanologista Piergiorgio Scarlato, do Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia (INGV), os efeitos da erupção do vulcão na Guatemala podem ser comparados com o vulcão Vesúvio, na Itália, em sua erupção no ano de 79 d.C., que devastou e soterrou a cidade de Pompeia.
"O impacto dessa erupção sobre a população é parecida com o de Pompeia. O Vesúvio, na erupção de 79 d.C., produziu uma coluna de gás e cinzas de 20 km a 25 km que, colapsando sobre si mesma, também gerou um fluxo piroclástico parecido com o Vulcão de Fogo", disse o especialista à Agência ANSA.
Segundo Scarlato, a erupção do vulcão atingiu uma temperatura de ao menos 700ºC e o material vulcânico se locomoveu a 100 km/h.
Apoio internacional
Alguns líderes mundiais se pronunciaram a respeito da tragédia na Guatemala. O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse que o país pode contar com o apoio equatoriano. Também pela rede social, Enrique Peña Neto, presidente do México, colocou o sistema de Defesa Civil mexicano à disposição.