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Ministério da Defesa russo apresenta novas provas sobre a derrubada de avião que matou 298 pessoas

O Ministério da Defesa russo realizou nesta segunda-feira (17) um briefing dedicado à queda do avião MH17 da companhia Malaysia Airlines em 2014 na Ucrânia. A entidade militar da Rússia afirmou ter identificado o número inicial do míssil que abateu o avião após analisar os destroços do projétil. Este número de série, atribuído pelo fabricante, é 8720.

Assim, o míssil número 886847349 foi produzido em 1986 em uma fábrica na região de Moscou. De acordo com o ministério, após ser produzido o míssil foi enviado para uma unidade militar da República Socialista Soviética da Ucrânia e não foi trazido de volta para a Rússia. A Rússia, segundo a entidade, já informou a comissão holandesa que investiga o acidente aéreo que o míssil, após sua produção, nunca saiu do território ucraniano.

O projétil estava no serviço de uma unidade militar implantada na região ucraniana de Lvov. O destacamento de mísseis desta unidade militar participou várias vezes da chamada ATO (Operação Antiterrorista em russo, nome oficial dado pelas autoridades ucranianas ao conflito armado no leste do país) em Donbass.

Além de estar envolvida na tragédia do MH17, a Ucrânia manipulou também a investigação, afirmou o ministério, apresentando como prova uma conversa gravada de militares ucranianos que, segundo a análise fonoscópica, teve lugar na região de Odessa em 2016 antes de umas manobras.

Caso MH17

Em 17 de julho de 2014, um Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines, que fazia o voo MH17 de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil quando sobrevoava a região de Donetsk, no leste da Ucrânia. A bordo da aeronave seguiam 298 pessoas, a maioria holandeses; não houve sobreviventes.

Kiev acusou a milícia de Donbass pela catástrofe, que negou as acusações, afirmando que as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk não dispunham de armas capazes de abater uma aeronave.

Mais tarde, o Centro Comum de Investigação (JIT, em inglês) apresentou os resultados preliminares da segunda investigação da tragédia, segundo a qual o sistema Buk que derrubou o Boeing da Malásia veio das Forças Armadas da Rússia.

Moscou não reconheceu os resultados, argumentando que a equipe do JIT tinha ignorado dados e testemunhas da parte russa.