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Polícia invade embaixada da Venezuela em Washington


A polícia de Washington invadiu nesta quinta-feira (16/05) a embaixada da Venezuela nos EUA que estava ocupada por ativistas para impedir que o enviado do deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente venezuelano, assumisse o posto de embaixador. 

Pelo Twitter, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, condenou a atitude do governo norte-americano e afirmou que os EUA "descumprem suas obrigações da Convenção de Viena e violam os direitos humanos dos ativistas que tem protegido nossa embaixada com nossa autorização".

O ministro das Relações Exteriores se refere ao artigo 22 da Convenção de Viena que prevê que locais de missão diplomática não podem receber agentes de segurança locais sem autorização do Estado em questão.

Arreaza ainda disse que "a moral" dos ativistas é "mais poderosa que a força repressiva" da polícia e que Caracas aguarda para avaliar suas respostas baseadas no direito internacional.

Pela manhã, uma das fundadoras do movimento Code Pink, Medea Benjamin, que estava dentro do prédio da embaixada, denunciou a entrada da polícia na embaixada. "A polícia invade a embaixada da Venezuela para prender ilegalmente o Coletivo de Proteção de Embaixadas violando a Convenção de Viena; rompendo o Direito Internacional", disse a ativista pelo Twitter.

A ocupação se iniciou para impedir que Carlos Vecchio, apontado pelo deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, assumisse o cargo de embaixador do país nos EUA.

Desde que se iniciaram as manifestações na embaixada, grupos a favor de Guaidó, se concentraram do lado de fora do edifício e chegaram a protagonizar atos violentos para impedir o abastecimento de comida no prédio.

As autoridades norte-americanas já cortaram a energia e a água da embaixada, que estava vazia desde que o governo de Nicolás Maduro rompeu relações com Washington, no dia 23 de janeiro, após Guaidó se autoproclamar presidente.

"Terceiro Estado"

Na última quarta-feira, o embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, propôs às Nações Unidas nesta quarta-feira (16/05) a participação de um terceiro Estado para proteger a embaixada venezuelana em Washington. O diplomata ainda explicou que o Estado protetor assumiria a embaixada venezuelana em Washington com a responsabilidade de cuidar da delegação diplomática, bens e arquivos.