Variedades
Curiosidades da primeira basílica da Mãe Aparecida
- Detalhes
- Publicado em Quinta, 27 Agosto 2020 15:18
- Escrito por administrador
(Fotos de Thiago Leon, Vitor Hugo Barros, Elisangela Cavalheiro)
A Basílica Velha de Aparecida é um resgate do passado. Sua arquitetura barroca de 1888 enche os olhos de quem adentra este espaço sagrado com tantos elementos artísticos para serem observados.
Como reconhecimento do valor cultural da primeira Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em 1982 ela foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Nestes tempos de pandemia, quando não se pode visitar Aparecida pessoalmente, para conhecer um pouco mais sobre a Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida, basta entrar no Portal A12, oficial da Basílica de Aparecida, e num clique fazer um passeio virtual e assim conhecer sua estrutura, suas obras de arte, sua religiosidade.
DETALHES DA PRIMEIRA BASÍLICA DE APARECIDA
A fachada da Igreja e as duas torres ficaramprontas em 1864, antes mesmo da nave principal e o altar serem construídos. A primeira torre foi finalizada em 1859.
A Esfera da cruz e o galo que estão no topo de cada torre foram confeccionados pelo artista João Júlio Gustavo. O galo traz a representação do despertar para a fé.
Ao entrar na igreja, observa-se logo na entrada, no chão, as insígnias papais, denominadas Tintinábulo e Gonfalone. Estes símbolos representam o título de Basílica, que foi conferido pelo Santo Padre em 1908. As insígnias também estão no Altar.
Olhando para cima, no teto central da Basílica, as pinturas que trazem representações dos milagres de Nossa Senhora Aparecida. Elas foram feitas pelo alemão Thomas Driendl. Estão retratados os milagres da pesca milagrosa, das velas acesas, do escravo Zacarias, da menina cega, do caçador que escapou de uma onça e do menino Marcelino.
Nos vitrais, a recordação da coroação de Nossa Senhora Aparecida como Rainha do Brasil, em 1904, e com sua declaração como Padroeira do Brasil, em 1930.
O altar-mor, projetado em estilo Neoclássico, foi confeccionado em mármore carrara, vindo da Itália. A conclusão do presbitério foi em 1882.
Inscrição das iniciais 'A' e 'M' que significam 'Ave Maria', como se fosse a assinatura de Nossa Senhora.
Na nave central da Basílilca, dois púlpitos de madeira, com adornos em talha dourada, vindos da Bahia.
Na Basílica também está a imagem de Sant'Ana, que é a mesma imagem que ficava na capela construída pelo padre Vilela, em 1745.
O relógio localizado na fachada da Basílica é de 1906 e veio da Alemanha.
O Nicho de Nossa Senhora Aparecida na Basílica Velha foi doado em 1911, pela viúva do general Neiva, do Rio de Janeiro. O nicho foi feito na Alemanha. Ele é de metal, dourado por dentro, com duas portinhas enfeitadas com pedras preciosas e dois anjos em prata.
O órgão da Basílica é uma atração à parte. O instrumento foi adquirido na Alemanha, com a doação dos devotos, em 1926. Em 2004, com a restauração da Basílica, o órgão de tubos também foi restaurado. Os devotos puderam ouvir novamente o som desse instrumento em 2015, quando foi entregue após a reconstituição total.
O altar principal da Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida guarda algumas relíquias de São Vicente Mártir, santo espanhol martirizado no século IV. As relíquias encontram-se na Igreja desde janeiro de 1910 e foram enviadas pela Santa Sé por causa da elevação ao título de Basílica Menor, que ocorreu em 1908.