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Deputados aprovam projeto que altera o sistema tributário do Estado

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, nestaterça-feira (3/4), proposta que deve simplificar o sistema tributário do Estado dando mais transparência à divulgação de informações aos contribuintes paulistas. A medida foi proposta pela Secretaria da Fazenda e cria o programa “Nos Conformes”, que pretende facilitar a rotina de quemcumpre devidamente os seus deveres tributários.

 Para o secretário da Fazenda Hélcio Tokeshi, a iniciativa foi criada para enfrentar os atuais problemas do sistema tributário brasileiro que prejudicam a produtividade e a competitividade do País. “A medida propõe limitar informações inexistentes no mercado, que favorecem quem não cumpre com suas obrigações, divergentes daqueles que o fazem integralmente”, declarou.

 Pela proposta, os contribuintes serão classificados de acordo com três critérios: adimplência ou inadimplência, inconsistências entre a declaração e os documentos fiscais emitidos e a regularidade tributária de seus fornecedores.

O Projeto de Lei Complementar 25/2017foi aprovado com emenda aglutinativa e agorasegue para a sanção do governador Geraldo Alckmin.

M. Officer é condenada por trabalho escravo e multa é de R$ 6 milhões

 

Decisão é da 4° Turma do Tribunal Regional do Trabalho e empresa pode ficar fora do mercado do Estado de São Paulo por 10 anos

A Justiça de São Paulo encerrou o processo que julgava a M5 Indústria e Comércio, dona da marca M. Officer, por condições de trabalho análogas à de escravidão. E confirmou a decisão de multar a empresa em R$ 6 milhões. A decisão foi assinada pelo desembargador relator Ricardo Artur Costa e Trigueiros, da 4° Turma do Tribunal Regional do Trabalho. Membros do Ministério Público do Trabalho mostraram que quatro trabalhadores exerciam atividades de costura em um local que era não apenas utilizado para trabalho, mas também como residência, inclusive de crianças.

Segundo a decisão, os funcionários “exerciam suas atividades em situações precárias de trabalho, de tal forma que poderiam ser assemelhadas a condições análogas às de escravo”.

O desembargador entendeu que diante de todas as provas mostradas na ação anterior, informou-se o “conhecimento da situação das oficinas quarteirizadas no processo de produção pela M5, tudo a evitar seu flagrante envolvimento com a mão-de-obra em condições análogas às de escravo”.

A decisão também confirma a ação anterior no tocante a indenização. “Assim, o que se busca nesse tipo de reparação é, primeiramente, uma satisfação consistente em dinheiro, capaz de compensar as angústias e aflições ocasionadas aos trabalhadores”, diz o texto. Portanto, a M5 deverá pagar, por dano moral coletivo, o valor de R$ 4 milhões.

A empresa também deve indenizar R$ 2 milhões ao dumping social, ou seja, pela diminuição de direitos trabalhistas com o objetivo de reduzir custos e obter vantagens sobre outras empresas — o valor deve ser recebido pelo Fundo de Amparo do Trabalhador.

Fora do mercado

Segundo a lei 14.946/2013, as empresas que praticarem trabalho escravo em qualquer uma das etapas produtivas pode ter a inscrição do cadastro do ICMS cassada na cidade de São Paulo. Esta restrição prevalece pelo prazo de 10 anos, contados a partir da data da cassação.

O texto da lei ainda prevê “o impedimento de exercerem o mesmo ramo de atividade, mesmo que em estabelecimento distinto daquele” e “a proibição de entrarem com pedido de inscrição de nova empresa, no mesmo ramo de atividade”. A ação civil pública foi protocolada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), e a M5 Indústria e Comércio já havia sido condenada em primeira instância.

Primeira condenação

A ação contra a M. Officer foi movida em 2014, quando os procuradores do MPT argumentavam que as peças da grife eram produzidas em um regime de jornadas de trabalho exaustivas e em ambiente degradante. A M5 Indústria e Comércio, grupo por trás da marca M. Officer, foi condenada em primeira instância pela do Trabalho Adriana Prado Lima, da 54ª Vara de Trabalho de São Paulo.

A sentença determinou o pagamento de R$ 6 milhões de indenização, além do cumprimento de obrigações trabalhistas, como garantia de bom ambiente de trabalho e respeitar as normas trabalhistas e jornadas de trabalho.

Em segunda instância, o TRT-SP também entendeu que a M. Officer praticou trabalho escravo e, por isso, manteve a condenação contra a companhia.

2018 será o Ano de Valorização e Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa


Foto Deposit Photos

O ano de 2018 será instituído como o Ano de Valorização e Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa. É o que prevê o Projeto de Lei da Câmara (PLC), aprovado em Plenário nesta quinta-feira (22), conforme divulgado pela Agência Senado. O texto vai à sanção presidencial.

A escolha do ano de 2018 se deu em razão da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, celebrada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) em 2015. O Brasil está atualmente em processo de ratificação dessa convenção. O acordo encontra-se em análise na Câmara dos Deputados sob a forma do Projeto de Decreto Legislativo 863/2017.

O PLC estipula que, em celebração ao ano, haverá palestras, eventos, ações conjuntas da administração pública para incentivar a valorização do idoso, além de divulgação da convenção. O objetivo não é criar data comemorativa no calendário nacional, mas estabelecer marco para estímulo de ações pelos direitos dos idosos.

O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou que em 2018 são comemorados os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os 15 anos da aprovação do Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741/2003). Ele comemorou o acordo firmado entre Executivo e Legislativo para aprovação do projeto.

Trump é protagonista em matérias que tratam do racismo na imprensa online brasileira


O que diz a imprensa nacional online sobre o racismo, uma das piores chagas da sociedade brasileira? Um extenso levantamento realizado pela BigData Corp em 25 sites e portais de notícias – ao longo de treze meses, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018– traz alguns insights, às vésperas do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, a ser comemorado dia21 de março. Nesse período, foram monitoradas cerca de 700 mil matérias. Entre elas, 3.310 notícias continham – seja em seus títulos, seja no corpo das matérias - os termos “discriminação racial”, “racismo” e “preconceito racial”. É sobre este universo que uma nuvem de palavras sobre o racismo foi criada. 

De longe, a pauta do racismo é capitaneada pelo presidente norte-americano, Donald Trump. De 100% de menções ao racismo, Trump aparece associado a 70,8% delas. Além de Trump, outros substantivos próprios que aparecem no levantamento, em 14,2% das matérias, são William Waack, ex-jornalista da Rede Globo - em função da polêmica que protagonizou ao fazer comentários considerados racistas em um vídeo viralizado nas redes sociais -, o Twitter, com 14,1%, e o Facebook, com 13,3%.

 À primeira vista, as questões tratadas na mídia brasileira associadas ao racismo não surpreendem. Nas matérias que citam a questão, os temas que mais aparecem, em ordem decrescente, são: direitos (39,7%), racistas (39,4%), violência (35,1%), história (29,9%), política (27,4%), vida (27,1%), (redes) sociais (26,7%), jovens (26,5%), preconceito (20,4%), governo (20,3%), sociedade (20,0%) e ódio (19,9%).

O outro lado da moeda

Mas, um aspecto que chama a atenção no levantamento é o fato de o termo “negros” ser citado em 62,2% dos textos ligados ao racismo, enquanto “brancos” apenas em 37,7%. “Na imprensa brasileira é grande o número de textos que trata a questão como se o racismo se resumisse apenas a negros, quando, na verdade, o racismo pressupõe uma relação entre agressor e agredido, ou seja, no mínimo, dois grupos culturais e étnicos diferentes. No entanto, o segundo grupo é menos mencionado do que o outro, o que é muito sintomático”, afirma Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp.

 Os lugares mais citados pela mídia online brasileira em pautas sobre o racismo são Brasil (60,4%), mundo (33,6%), Estados Unidos (29,4%) e Charlottesville (26,2%), cidade no estado da Virgínia (EUA) onde, em agosto do ano passado, um conflito entre extremistas brancos e manifestantes contrários às teses racistas deixou três mortos e dezenas de feridos. Logo em seguida estão Riode Janeiro, com 24,4% das menções, e São Paulo (19,6%).

Metodologia

O levantamento sobre os temas associados ao racismo na imprensa brasileira utilizou-se da tecnologia debig data.Os sites monitoradossemanalmente foram: ClicRBS, Diariodepernambuco, Estadao, Exameabril, FolhaUOL, G1.globo, Gazetasp, GP1, IG, Infomoney, Istoe, JB, MSN, Odia, Opovo, Osaopaulo, R7, SPJornal, T1noticias, Terrabr, UAI, UOL Noticias, Valor, Veja e Yahoobr. Os dados foram extraídos, filtrados e cruzados para se chegar à “nuvem de palavras” do racismo na imprensa brasileira.

Empresa ligada à igreja evangélica é autuada por trabalho escravo


Foto: Jesse Orrico/Unsplas

Alvo da Operação Canaã – A Colheita Final, a empresa Nova Visão Assessoria e Consultoria, foi autuada na quinta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho por manter 565 trabalhadores em condição análoga à de escravidão. Deflagrada no início de fevereiro, aoperação investigao envolvimento de uma seita religiosa, a Igreja Cristã Traduzindo o Verbo, em crimes como trabalho escravo, tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro e estelionato.

Segundo o Ministério do Trabalho, a igreja foi autuada porque dos 565 trabalhadores encontrado em condição ilegal, 438 não tinham registro em Carteira de Trabalho e 32 eram adolescentes em atividades proibidas para menores. Ainda de acordo com o ministério, as vítimas foram encontradas em nove fazendas de produção hortigranjeira e de café do grupo, sendo seis em Minas Gerais e três na Bahia, além de restaurantes, casas comunitárias e um posto de gasolina em São Paulo.

Conforme nota do Ministério do Trabalho, as vítimas não tinham jornada de trabalho estabelecida e não recebiam nenhuma remuneração pelas atividades. Eles trabalhavam em troca de casa e comida.

Na operação, desencadeada em parceria com a Polícia Federal, os auditores fiscais tiveram dificuldade para resgatar os trabalhadores. Em virtude da doutrinação religiosa, as vítimas não se achavam exploradas e diziam trabalhar em nome da fé e da coletividade. Em meio à operação, 13 dirigentes do grupo econômico e da igreja foram presos preventivamente. Outros dez dirigentes continuam foragidos.

Além de ser obrigado a regularizar a situação dos trabalhadores, o grupo econômico responsável pela igreja também deverá afastar os trabalhadores das atividades ilegais. Conforme determinação do Ministério, os trabalhadores que não tinham a Carteira de Trabalho assinada deverão ter o registro incluído no documento. Além disso, os 565 trabalhadores terão que receber retroativamente pelos serviços prestados. A igreja deverá ainda providenciar o retorno das vítimas aos seus locais de origem.

Não é só Marielle: veja 24 casos de lideranças políticas mortas nos últimos quatro anos

 

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) na noite desta quarta-feira (14/03) acendeu o alerta para um fato alarmente: desde 2014, ao menos outros 24 líderes comunitários, ativistas e militantes políticos foram evidentemente executados em diferentes regiões do Brasil. O levantamento não inclui mortes suspeitas de lideranças nem trabalhadores que não tinham, pelo menos de forma evidente, papel político de liderança. Usando esses dois critérios adicionais, a lista chegaria a centenas de nomes.

O historiador Fernando Horta, doutorando na Universidade de Brasília, reuniu uma lista dessas vítimas.Opera Mundiconta um pouco da história destes militantes, executados por conta dos trabalhos que desenvolviam por suas comunidades.  

Marielle Franco, vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL – 15.mar.2018

A socióloga, ativista dos movimentos feminista e negro, foi executada no centro da capital fluminense. Marielle, a quarta vereadora mais votada na cidade, atuava na comunidade da Maré, onde morava, e, na semana anterior a sua morte, denunciou a violência e os abusos policiais no bairro de Acari.

Paulo Sérgio Almeida Nascimento, líder comunitário no Pará – 12.mar.2018

Nascimento era um dos líderes da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama). Segundo a Polícia Civil, ele foi alvejado por disparos do lado de fora de casa, na cidade de Barcarena. Nascimento era atuante nas denúncias contra a refinaria Hydro Alunorte, responsável pelo vazamento de dejetos tóxicos nas águas da região no começo do mês.

George de Andrade Lima Rodrigues, líder comunitário em Recife – 23.fev.2018

Rodrigues foi encontrado com marcas de tiros e um arame enrolado no pescoço, após três dias de buscas. O corpo dele foi achado em um matagal às margens de uma estrada de terra. Ele havia sido sequestrado por quatro homens que se diziam policiais.

Carlos Antônio dos Santos, o “Carlão”, líder comunitário no Mato Grosso – 07.fev.2018

Carlão era um dos líderes do Assentamento PDS Rio Jatobá, em Paranatinga, no Mato Grosso, e foi morto a tiros, por homens em uma motocicleta, em frente à prefeitura da cidade. Ele estava dentro de um automóvel com a filha e a esposa, que chegou a ser atingida de raspão. Carlão já havia feito várias denúncias à polícia de que estava sendo ameaçado.

Leandro Altenir Ribeiro Ribas, líder comunitário em Porto Alegre – 28.jan.2018

Ribas era líder comunitário na Vila São Luís, ocupação da zona norte da capital gaúcha. Ele havia deixado de dormir em casa desde alguns dias antes por conta da guerra entre traficantes da região. No dia em que foi assassinado, voltou à vila para pegar roupas, mas acabou sendo morto. A polícia suspeita de que Ribas tenha sido executado pelos criminosos ao se apresentar como líder da comunidade e questionar as ações do grupo.

Márcio Oliveira Matos, liderança do MST na Bahia – 24.jan.2018

Matos era um dos integrantes mais novos da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e morava no Assentamento Boa Sorte. Aos 33 anos, foi morto em casa, com três tiros, na frente de seu filho.

Valdemir Resplandes, líder do MST no Pará – 9.jan.2018

Conhecido como 'Muleta', Resplandes foi executado na cidade de Anapu, no Pará. Ele conduzia uma moto e foi parado por dois homens. Um deles atirou pelas costas; já no chão, o ativista foi alvejado na cabeça. A missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada na mesma cidade, em 2005.

Jefferson Marcelo do Nascimento, líder comunitário no Rio – 04.jan.2018

Nascimento era líder comunitário em Madureira e foi encontrado com sinais de enforcamento um dia após desaparecer. Ele havia feito uma série de denúncias contra uma quadrilha de milicianos dias antes de ser executado.

Clodoaldo do Santos, líder sindical em Sergipe – 14.dez.2017

Santos era líder do Movimento SOS-Emprego de Sergipe e foi baleado na cabeça por dois homens que foram à sua casa com a desculpa de entregar um currículo. Após orientar os criminosos a entregarem o documento diretamente à empresa que construía uma termoelétrica na região, o dirigente foi alvejado.

Jair Cleber dos Santos, líder de acampamento no Pará – 22.set.2017

Santos foi alvo de um ataque a tiros na companhia de outros quatro trabalhadores rurais. O acusado do assassinato é o gerente de uma fazenda ocupada por trabalhadores ligados à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará). A polícia esteve no local momentos antes e os trabalhadores que estavam lá acusam-na de ter facilitado a fuga do gerente e de outros pistoleiros. .

Fabio Gabriel Pacifico dos Santos, o “Binho dos Palmares”, líder quilombola na Bahia – 18.set.2017

Binho, como era conhecido, era líder do quilombo Pitanga dos Palmares, na cidade de Simões Filho, Bahia. Ele havia acabado de deixar o filho na escola e seguia para o enterro de uma amiga quando foi abordado por homens em um carro. Um deles desceu do veículo e atirou várias vezes na direção do líder. 

José Raimundo da Mota de Souza Júnior, líder do Movimento dos Pequenos Agricultures (MPA) na Bahia – 13.jul.2017 

O quilombola Souza Júnior era defensor da agroecologia e educador popular. Momentos antes do crime, o líder camponês havia sido procurado por dois homens em casa. Ele foi baleado enquanto trabalhava na roça com o irmão e um sobrinho. 

Rosenildo Pereira de Almeida, o “Negão”, líder comunitário da ocupação na Fazenda Santa Lúcia, no Pará – 8.jul.2017 - O líder camponês, ligado ao MST, foi morto na cidade de Rio Marias, próxima à fazenda. Ele havia ido ao local para se esconder após reiteradas ameaças de morte. ele foi executado por dois motoqueiros com três tiros na cabeça. 

Eraldo Lima Costa e Silva, líder do MST no Recife – 20.jun.2017

Costa e Silva, de 57 anos, estava em casa, em uma ocupação na zona norte do Recife, quando homens armados o arrastaram para fora e o executaram às margens da BR-101, com quatro tiros. 

 Valdenir Juventino Izidoro, o “Lobó”, líder camponês de Rondônia – 4.jun.2017

Lobó foi morto com um tiro a queima roupa em um acampamento em Rondominas, Rondônia. Ele liderava um grupo de sem-terra em ocupações na região. 

Luís César Santiago da Silva, o “Cabeça do Povo”, líder sindical do Ceará – 15.abr.2017

Silva tinha 39 anos quando foi executado em uma estrada no município de Brejo Santo (CE). Ele era membro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem (Sintepav-CE) e com militância ativa nas obras do porto de Pecém. 

Waldomiro Costa Pereira, líder do MST no Pará – 20.mar.2017

Pereira, que era servidor público e atuante no MST, foi morto dentro do Hospital Geral de Parauapebas, no Pará. Cinco homens armados renderam seguranças e foram até a UTI, onde atiraram no ativista. Ele estava internado após ser atacado em seu sítio, em Eldorado dos Carajás. 

João Natalício Xukuru-Kariri, líder indígena em Alagoas – 11.out.2016

Liderança história dos povos indígenas do nordeste, Xukuru-Kariri foi morto a facadas na porta de casa, em uma aldeia indígena em Alagoas. O assassinato ocorreu de madrugada, quando o camponês se preparava para ir trabalhar na roça. 

Almir Silva dos Santos, líder comunitário no Maranhão – 8.jul.2016

Santos era líder comunitário da Vila Funil, em São Luiz, e foi executado dentro de casa com tiros na cabeça e nas costas, na frente da mulher, da filha e de vizinhos. O acusado de ter cometido o assassinato teria afirmado, segundo a polícia que matou Santos por não concordar com a construção de uma ponte na comunidade - que atrapalharia o tráfico de drogas ao dar aos policiais acesso fácil ao local. 

José Bernardo da Silva, líder do MST em Pernambuco – 26.abr.2016

Silva, de 48 anos, era líder do MST em Pernambuco e estava caminhando com a esposa e uma filha às margens da BR-336 quando uma caminhonete se aproximou. Um dos ocupantes do veículo desceu do carro e atirou contra a vítima. Mulher e filha se esconderam e não ficaram feridas. 

José Conceição Pereira, líder comunitário no Maranhão – 14.abr.2016

Pereira tinha 58 anos quando foi morto com um tiro na nuca dentro de casa na capital maranhense. Nada foi levado da casa do líder comunitário, o que reforçou a hipótese de execução. 

Edmilson Alves da Silva, líder comunitário em Alagoas – 22.fev.2016

Presidente do asssentamento Irmã Daniela, Silva foi morto a tiros dentro do local. Ele era líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), o líder comandava ocupações e denunciava crimes ambientais e desmandos supostamente praticados por fazendeiros do litoral norte do Estado. 

Nilce de Souza Magalhães, a “Nicinha”, líder comunitária e membro do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) em Rondônia – 7.jan.2016

Nicinha era pescadora e participou de diversas audiências para denunciar a situação de seus vizinhos e danos ambientais. Ela desapareceu em 7 de janeiro e foi assassinada a tiros. 

Simeão Vilhalva Cristiano Navarro, líder indígena do Mato Grosso – 1.ago. 2015

O assassinato de Navarro aconteceu durante uma reocupação de terras indígenas por parte dos Guarani-Kaiowá. Uma comitiva de fazendeiros se dirigiu à região e atacaram os indígenas. O ativista foi atingido com um tiro na cabeça quando estava às margens de um córrego procurando pelo filho. 

Paulo Sérgio Santos, líder quilombola na Bahia - 6.jul. 2014

Santos era líder quilombola e foi assassinado dentro do acampamento Nelson Mandela, em Helvécia (BA). Ele foi surpreendido por homens armados que chegaram em um carro e desceram atirando.

Vereadora é executada a tiros no Rio de Janeiro

Mais um episódio de violência deixa claro a força do crime organizado no Rio de Janeiro. A vereadora Marielle Franco (Psol), de 38 anos, foi assassinada a tiros, por volta de 21h30 desta quarta-feira, no Estácio, Centro do Rio. O motorista, Anderson Pedro Gomes, 39, que guiava o carro, também foi morto. Marielle voltava de um evento na Rua dos Inválidos, na Lapa, quando um carro parou ao lado do veículo de seu motorista na Rua Joaquim Palhares, próximo ao metrô, e dois bandidos dispararam, fugindo em seguida. A vereadora teria sido alvejada por pelo menos cinco tiros na cabeça. O veículo em que estava ficou com várias marcas na lateral. Marielle deixa uma filha de 19 anos.

A assessora da vereadora, que estava ao seu lado no carro, foi atingida por estilhaços e foi levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, medicada e liberada.

Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em Administração Pública e militava no tema de direitos humanos.

 O assassinato brutal da vereadora Marielle Franco é assunto dos principais jornais internacionais. Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos, como New York Times, ABC e The Washinton Post, noticiaram pela internet a morte de Marielle. No NYT, a reportagem lembrou que "o governo federal colocou os militares responsáveis pela polícia local do Rio em meio a uma onda de violência", mas que "até agora, não há indicações de melhoria na segurança na cidade."

O britânico "The Guardian" destacou um dos últimos tweets de vereadora Marielle Franco: "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?". A reportagem também falou sobre a atuação da parlamentar no campo dos direitos humanos, denunciando as táticas agressivas da polícia nas favelas. 

A Anistia Internacional, órgão mundial que trabalha na defesa dos direitos humanos, se posicionou poucas horas após o assassinato da vereadora Marielle Franco pedindo "uma investigação imediata e rigorosa".

"Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial. Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco", diz a nota.

PT é o partido mais lembrado em pesquisa


Apenas dois em cada dez brasileiros estão otimistas com a eleição deste ano, indica pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta terça-feira (13). O levantamento mostra que 44% dos eleitores se disseram “pessimistas” com a eleição presidencial. Além dos 20% que afirmaram estar “otimistas”, 22% declararam não estar nem otimistas nem pessimistas.

De acordo como estudo, intitulado “Retratos da sociedade brasileira – perspectivas para as eleições de 2018”, 30% dos que disseram estar pessimistas com a eleição atribuem essa expectativa à corrupção. Para 19%, o principal motivo do desalento é a perda de confiança no governo e nos candidatos. Na avaliação de 16%, o pessimismo se deve à falta de opção entre os pré-candidatos. Outros 11% reclamaram da falta de renovação entre os nomes colocados.

O Ibope também questionou as razões daqueles que se declaram otimistas. O principal motivo apontado foi a possibilidade de mudança e renovação (32%). Já 19% apontaram a esperança no voto ou na participação popular para justificar a empolgação com as eleições.

A pesquisa também questionou os entrevistados se acreditavam nas promessas de campanha dos candidatos: 75% disseram não confiar integralmente, e outros 24% informaram acreditar ao menos um pouco nelas.

O levantamento mostra que o PT, mesmo com todo o desgaste sofrido, ainda é o partido que goza de maior simpatia entre os entrevistados. Dos ouvidos, 19% disseram ser simpáticos ao PT. Atrás ficaram MDB (7%), o PSDB (6%) e o Psol (2%). Mas quase metade (48%) dos entrevistados afirmou não possuir preferência ou simpatia por qualquer partido político.

OUTROS INDICADORES DO IBOPE

- 84% dos eleitores disseram concordar totalmente ou em parte com a necessidade de estudar as propostas para decidir em quem votar.

- 14% afirmaram não concordar com a necessidade.

- 72% disseram que votam nos candidatos que gostam, independentemente do partido em que eles estejam.

- 64% disseram que considera importante o partido ao qual o candidato à Presidência está filiado.

Ministério da Saúde quer vacinar 10 milhões de jovens e adolescentes contra meningite e HPV

O Ministério da Saúde está convocando 10 milhões de jovens e adolescentes para se vacinar contra meningite e HPV (Papiloma Vírus Humano).  Nestaterça-feira (13), o ministro Ricardo Barros lançou, em Brasília, a Campanha Publicitária de Mobilização e Comunicação para a Vacinação do Adolescente contra HPV e Meningites. Deverão ser vacinadas contra o HPV, meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Neste ano, o Ministério da Saúde está ampliando a faixa etária da vacina meningite C, que agora passa a ser 11 a 14 anos de idade. No ano passado, estavam sendo vacinados contra a doença meninas e meninas de 12 a 13 anos.

A campanha publicitária será veiculada no período de 13 a30 de março. No filme, dois jovens, um menino e uma menina, fogem do vírus em um cenário com inspiração nos seriados famosos que são de identificação do público jovem e dos pais. A fuga termina no momento em que os jovens entram em uma unidade de saúde e se vacinam. O filme mistura imagens reais e animação.
Com o slogan “Não perca a nova temporada de Vacinação contra a meningite C e o HPV”, a campanha conta ainda com peças publicitárias como: jingle para rádios, outdoor, envelopamento em metrô e ônibus, peças digitais e conteúdos para redes sociais, cartaz, folders. O público da campanha é formato por adolescentes (homens e mulheres) e responsáveis.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, enfatiza que as vacinas contra o HPV e a meningocócica C fazem parte do calendário de rotina disponível nas unidades do SUS, durante todo o ano e que esta é uma campanha de mobilização. “É importante ressaltar que esta é uma campanha informativa e de esclarecimento e não uma campanha de vacinas. A campanha é importante para alertar as pessoas s obre a necessidade da vacinação, esclarecendo o que é mito e boato, e informações verdadeiras, baseadas em estudos científicos”, observou a coordenadora.


VACINAÇÃO NAS ESCOLAS

O Ministério da Saúde considera de fundamental importância participação das escolas para reforçar a adesão dos jovens à vacinação e, consequentemente atingir o objetivo de redução futura do câncer de colo de útero, terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e aquartacausa de óbito por câncer no país.
O Ministério da Saúde enviou ao Ministério da Educação material informativo sobre as doenças. A ideia é estimular os professores a conversem com os alunos e familiares sobre o tema. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina HPV para meninos em programas nacionais de imunizações.